30/05/2025
CGU promove seminário internacional para debater os rumos do Governo Aberto no Brasil

Notícia postada em 30/05/2025
A Controladoria-Geral da União (CGU) reuniu, na última semana, lideranças nacionais e internacionais para discutir os desafios e oportunidades da administração pública baseada nos princípios do Governo Aberto. O seminário internacional “Transformação do Estado e Governo Aberto: Transparência, Participação e Integridade para um Futuro Justo e Sustentável” marcou a Semana do Governo Aberto no país.
Durante o encontro, representantes do Brasil, Espanha, Quênia e da sociedade civil compartilharam experiências e estratégias voltadas à construção de um Estado mais transparente, participativo e inclusivo.
“A transparência é uma ferramenta essencial para garantir integridade e controle social, articulada com políticas de participação e transformação do Estado”, destacou Lívia Sobota, secretária nacional de Acesso à Informação da CGU.
Entre os convidados internacionais, Alonso Cerdan, da Parceria para o Governo Aberto (OGP), ressaltou que a colaboração entre governo e sociedade civil é fundamental para impulsionar reformas democráticas. “A OGP é uma plataforma para transformar desafios globais em ações concretas”, afirmou.
Representando o governo espanhol, Clara Mapelli, secretária de Estado da Função Pública, apresentou a estratégia de seu país baseada em três pilares: fortalecimento do setor público, políticas públicas baseadas em evidências e uma administração inclusiva. “Queremos um serviço público atento, mesmo quando não há ferramentas digitais disponíveis”, pontuou. Ela também destacou que as soluções cocriadas são sustentáveis e eficazes, e que o Governo Aberto deve perpassar toda a estrutura pública.
Já Stefanie Muchai, diretora do International Lawyers Project e futura copresidente da OGP ao lado do governo brasileiro, compartilhou as experiências do Quênia com contratos públicos abertos e divulgação de beneficiários finais. “Se promovem transparência, inclusão e inovação, vocês já fazem parte do movimento de Governo Aberto”, declarou.
Pelo governo brasileiro, Valmor Schiochet, secretário-adjunto da Secretaria Nacional de Participação Social, destacou a importância da retomada dos conselhos e conferências nacionais e o uso da plataforma digital Brasil Participativo, que já reúne mais de 6,5 milhões de usuários. “A democracia se faz com escuta, transparência e compromisso social”, disse.
Guilherme Almeida, diretor de Programas da Secretaria Extraordinária para a Transformação do Estado, lembrou que o Governo Aberto deve ser também sinônimo de inovação, colaboração e entrega de valor público. “Precisamos fortalecer ecossistemas de dados públicos, promover inclusão e gerar impacto real na vida das pessoas”, reforçou.
Fechando o seminário, Laila Félix, do Instituto Cidade Democrática, fez um alerta sobre o risco de o digital aprofundar desigualdades. “É preciso garantir que a participação, a transparência e a inovação cheguem aos grupos historicamente excluídos”, defendeu. “O ambiente digital deve ser um espaço de inclusão e cidadania.”
Em outubro de 2025, o Brasil assumirá a copresidência da OGP, em parceria com a Espanha, fortalecendo ainda mais seu compromisso com a agenda do Governo Aberto.